Grândola acolhe este mês Encontro da Canção de Protesto
Escrito por Helga Nobre em 1 de Setembro, 2022
A edição deste ano do Encontro da Canção de Protesto (ECP), que decorre de 16 a 18 deste mês, em Grândola, reúne sessões testemunhais, de cinema documental e canto livre, colóquios, exposições e concertos.
O evento é dedicado à Canção de Protesto na Ditadura Brasileira e na Era de Bolsonaro, à Canção de Protesto em Portugal no Abraço Europeu e à relação entre Música e Conflito, explicou hoje a Câmara Municipal de Grândola.
O encontro começa no dia 16 com a abertura da exposição Cantigas do Fogo e da Guerra”, produzida pelo Observatório da Canção de Protesto, dedicada à associação entre música e conflito, seguindo-se um concerto intitulado “A História Musical Ditadura Brasileira”, produzido pelo Instituto Memória Musical Brasileira especificamente para o Observatório da Canção de Protesto, e um espetáculo musical protagonizado pelo grupo italiano de ‘combat folk’ designado “Modena City Ramblers”.
O segundo dia será uma vez mais dedicado a sessões de testemunho e de cinema documental, terminando com uma sessão canto livre – espetáculo musical anualmente concebido pelo Observatório da Canção de Protesto – em que irão participar Dominique Grange e Jacques Tardi, Maria del Mar Bonet e Borja Penalba, Marina Rossell e Zeca Medeiros com a convidada Filipa Pais.
A Biblioteca e Arquivo do município de Grândola acolhe, no dia 18, o colóquio Música & Conflito, com as participações de Mário Vieira de Carvalho, Rui Vieira Nery, Salwa Castelo- Branco e Nuno Pacheco, seguindo dois espetáculos sobre esta temática: o primeiro, da Casa da Achada, sobre a crise da habitação, o segundo, de Kateryna Àvdysh, dedicado à interpretação de canções próprias e populares ucranianas.
O Encontro da Canção de Protesto, com realização anual, resulta da atividade do Observatório da Canção de Protesto – organismo constituído pelo município de Grândola, entidade promotora, a Associação José Afonso, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa nomeados Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md), e Instituto de História Contemporânea (IHC).