Galp avança com programa de rescisões e pré-reformas que abrange 200 trabalhadores (c/áudio)
Escrito por Helga Nobre em 19 de Junho, 2020
A Galp iniciou um programa de rescisões e pré-reformas que vai abranger cerca de 200 trabalhadores, correspondendo a cerca de 3% do pessoal do grupo, confirmou a empresa.
Fonte oficial da Galp confirmou à agência Lusa que serão abrangidas pelo plano de redução cerca de 200 pessoas, o que corresponde a cerca de 3% dos trabalhadores do Grupo, nos vários países onde a Galp tem atividade, “sendo a grande maioria através de pré-reformas”.
A Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Petrogal acusou a Galp de estar a esvaziar a empresa com um programa de rescisões e pré-reformas, que está a ser apresentado individualmente desde a semana passada.
Este órgão representativo dos trabalhadores da petrolífera emitiu um comunicado a denunciar que a administração da Galp lançou mais um “Plano Social” que consiste em pré-reformas e rescisões por mútuo acordo.
Hélder Guerreiro, da CCT da Petrogal e da comissão de trabalhadores da refinaria de Sines, disse à rádio M24 estar expectante e a avaliar a situação para perceber quais os trabalhadores abrangidos pela pré-reforma e fala num sentimento de apreensão.
A pré-reforma foi proposta a trabalhadores com mais de 55 anos que, se aceitassem, ficariam a receber 75% da remuneração.
Para as rescisões por mútuo-acordo a Galp terá proposto compensações de 1,8 salários por cada ano de serviço.
Apesar de a empresa ainda não ter respondido às questões da CCT relativas ao Plano Social, Hélder Guerreiro estimou que fossem abrangidos cerca 240 trabalhadores pela redução, maioritariamente da Petrogal.
O confinamento para combater a propagação da pandemia levou a uma quebra de 50% da produção petrolífera nos meses de abril e maio.