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FMM anuncia primeiras 20 artistas para a edição deste ano

Escrito por em 13 de Abril, 2022

O Festival Músicas do Mundo (FMM) anunciou hoje as primeiras 20 artistas que compõem a programação deste ano de um evento que vai decorrer entre 22 e 30 de julho de 2022, em Sines e Porto Covo, depois de dois anos de paragem devido à pandemia de covid-19. 

Os primeiros nomes, que vão atuar nos palcos principais da 22.ª edição do festival “afirmam o poder das mulheres” no panorama da música alternativa, sublinha, em comunicado, a Câmara Municipal de Sines, entidade organizadora.

O primeiro nome a destacar é o da cantora Omara Portuondo, que terá em Sines uma das paragens da digressão mundial com que se despede dos palcos. Dos cabarets da sua Havana natal aos melhores auditórios do mundo, passando pela passagem pelo projeto Buena Vista Social Club, Omara é um símbolo da música cubana e um caso único de longevidade artística (terá 91 anos quando atuar no FMM).

Se Omara representa a história da música cubana no último século, Daymé Arocena, outra artista de Havana
programada para o festival, representa a nova geração. Cantora, compositora e diretora coral, aproxima os ritmos de Cuba do jazz, da soul e da música clássica.

Ainda das Américas, regressa ao FMM a artista chilena Ana Tijoux. Iniciada no hip-hop, atravessa atualmente
as fronteiras do género. Leva a Sines o disco “Antifa Dance”, muito marcado pela crise social que rebentou no Chile em outubro 2019.

Pascuala Ilabaca, é outro nome chileno que marca presença no festival, acompanhada pela banda Fauna, com um espetáculo que gira entre os ritmos de festas populares da América Latina e sons mais ecléticos em torno do rock.

De acordo com a organização, “este será um festival de grandes vozes femininas da música do Brasil” e exemplo disso é a presença de Ava Rocha, cantora, compositora, cineasta, performer, artista visual e sonora, montadora e poeta que leva ao FMM “um novo álbum”.

A segunda artista brasileira a destacar é a mineira Bia Ferreira, outra artista multifacetada, multi- instrumentista, cantora, compositora, produtora e “artivista”. Classificando a sua arte como MMP (Música de Mulher Preta), trata de forma incisiva as temáticas ligadas ao combate ao racismo e à homofobia.

Pelos palcos do festival vai também passar a carioca Letícia Novaes, ou Letrux, uma artista atenta à defesa dos direitos das mulheres e das minorias que leva a Sines o seu disco “Letrux Aos Prantos”.

A quarta artista brasileira programada é Marina Sena, que mistura pop alternativa com os géneros brasileiros. Nascida em Minas Gerais, é uma das grandes novidades da cena musical do Brasil, vencedora de três Prémios Multishow com o seu álbum de estreia, “De Primeira”.

Outra artista das Américas confirmada no FMM Sines 2022 é a cantautora do Quebeque Dominique Fils-Aimé, filha de pais imigrantes do Haiti, que tem vindo a explorar a paleta das músicas afroamericanas – blues, jazz e soul – em álbuns reconhecidos pela crítica canadiana.

A lista de artistas mulheres africanas programadas para esta edição começa em Marrocos, com Hindi Zahra cantora, compositora e atriz com origens berberes e tuaregues. Esteve em Sines em 2017 com Fatoumata Diawara, que conheceu em Paris. Vem agora com o seu próprio espetáculo, para mostrar música contemporânea, rica em influências globais, mas também ligações ao seu país.

Maya Kamaty expande os horizontes do maloya, música da ilha Reunião, departamento francês no Oceano Índico, ao largo da África Oriental. Conscientizada do valor das suas raízes crioulas enquanto estudava em Paris, voltou à sua terra para misturar os ritmos do maloya com influências eletrónicas.

Da África de língua portuguesa, o FMM recebe a cantautora angolana Aline Frazão, que estará pela terceira vez no festival. Traz consigo o disco “Uma Música Angolana”, reencontro com uma paleta de ritmos “que vão desde a massemba angolana ao batuku cabo-verdiano, passando pelo maracatu e o afoxé do Brasil”.

Pongo, música nascida em Angola e a viver em Portugal desde os 8 anos, tornou-se conhecida pelas suas colaborações com o Buraka Som Sistema na cena kuduro lisboeta. Desde 2018, é, em nome próprio, uma das
principais embaixadoras deste género na cena internacional, fundindo-o com outros ritmos da dança. Traz a
Sines o seu novo álbum, “Sakidila”.

Também de Portugal, vem Dulce Pontes, que se estreia no FMM Sines na sequência do lançamento de “Perfil”, disco que também produziu, onde regressa às raízes e se movimenta entre o fado e a música popular portuguesa, abrindo-se igualmente ao jazz e à música latina.

Sara Correia, uma das grandes vozes da nova geração do fado, também estará em Sines. Desde cedo uma presença habitual nas melhores casas de fado de Lisboa, Sara prova que o fado tradicional continua vivo, ao mesmo tempo que é capaz de se abrir a outras músicas.

Sedeado em Barcelona, Maruja Limón é um quinteto feminino de flamenco de fusão com a pop e diversos ritmos latinos. O concerto no FMM Sines girará em torno do disco “Vidas”, lançado este ano. É um dos casos mais sérios da nova música espanhola.

Angélica Salvi, artista espanhola radicada no Porto, usa como ferramenta da sua arte a harpa, com a qual se dedica à improvisação e à música contemporânea e eletroacústica, explorando várias técnicas de preparação e amplificação do instrumento na busca de novos timbres e sonoridades.

Para a artista francesa Lucie Antunes, o foco está nas percussões. Com formação clássica e inspiração nos compositores minimalistas, escolheu um caminho na pop alternativa onde cria labirintos sonoros com instrumentos como a marimba, o vibrafone, a celesta o glockenspiel e as ondas Martenot.

A artista parisiense Crystal Murray, 19 anos, é uma estrela em ascensão na pop alternativa francesa. Nascida numa família musical, Crystal faz música alinhada com os gostos e as preocupações da sua geração, mantendo ligações profundas às músicas e às culturas afroamericanas e latinas.


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