Festival A Estrada com música, teatro, caminhadas e muito mais até sábado em Santiago do Cacém
Escrito por Helga Nobre em 9 de Agosto, 2022
O Festival A Estrada vai voltar a percorrer o concelho de Santiago do Cacém, a partir de hoje e até ao próximo sábado, com várias propostas culturais, como música, dança, teatro, instalações artísticas, conversas, caminhadas e gastronomia.
A 2.ª edição do festival, que convida a “experienciar e descobrir o território”, vai dividir-se em quatro palcos, entre a aldeia de São Francisco da Serra e a praia da Costa de Santo André, ao longo da Estrada Municipal 544 (EM544).
“É um festival em que, literalmente, o palco anda pela estrada abaixo, descendo a encosta” da aldeia de São Francisco da Serra, no interior, “até à praia, na lagoa de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, disse à rádio M24 Carlos Gomes, diretor do festival.
O evento, organizado pela produtora Transiberia, em parceria com a Artéria e a Câmara de Santiago do Cacém, quer “cruzar caminhos para a qualificação e dinamização da oferta cultural da região”, referiu a organização, em comunicado.
Ao longo dos cinco dias, o certame propõe uma “programação cultural multidisciplinar e itinerante” pelos quatro palcos espalhados pelo território e “integrados na paisagem e no ambiente dos lugares”, disse.
Segundo os promotores, o arranque da edição deste ano do festival, esta terça-feira, coincide com a festa de São Romão, “dia em que a população serrana se deslocava até à praia da Costa de Santo André para o banho anual de mar”.
O objetivo, diz Carlos Gomes, é oferecer ao público residente e visitantes, de férias nesta altura do ano, “um festival itinerante” com “uma programação multidisciplinar” e “de grande qualidade”.
A aldeia de São Francisco da Serra vai ser o primeiro local a receber o evento (09 e 10 de agosto), que é inaugurado com uma instalação vídeo intitulada “CUT”, da artista Irit Batsry, que a partir dos painéis de azulejo, dos anos 30, que existem na Estação Ferroviária de Santiago do Cacém retrata “os aspetos que o festival pensou evidenciar”.
“Estes painéis retratam os aspetos que o festival pensou evidenciar, com a escolha dos lugares dos palcos, como a abertura da lagoa de Santo André ao mar, a extração da cortiça na zona serrana e o percurso pela estrada até às cortiçeiras”, explicou.
A programação musical do primeiro dia inclui o espetáculo que junta o maestro de música antiga e medieval, Eduardo Paniagua Ensemble (Espanha) com Celina da Piedade e o Grupo Coral da Mina de São Domingos, e a banda Puuluup, da Estónia, “que fazem uma performance muito interessante, chegando a ser dançável”, destacou.
No segundo dia, ainda no palco Serra, atuam Luís Trigacheiro e Miguel Vargas, no Palco Serra, junto à corticeira da localidade.
O festival vai ainda contar, nos dois primeiros dias, com uma caminhada meditativa, uma prova de vinho musicada na Herdade do Cebolal, o concerto “Fado à Estrada” a cargo da acordeonista local Maria Adélia Botelho, o espetáculo de teatro físico “Mutabilia”, pelo Teatro do Mar, e uma mostra de vídeo.
No terceiro dia, o festival muda-se para o Palco Estrada, no lugar do Farrobo, junto a um café, com a exibição da curta-metragem “Tempo”, de Madalena Ventura, e do documentário “Horizonte”, de Tiago Cação, e com os concertos de Bonny Bonnie & The Rockie Mountains e de Groovin’ Train.
Está ainda prevista uma visita ao Lagar do Parral, em Santa Cruz, e uma prova de azeite musicada com o concerto “Fado à Estrada”, pela jovem artista Ana Margarida Leal.
“Nos dois últimos dias do festival, a música improvisada, a música experimental, a música de dança e a música emergente assumem o protagonismo”, indicou a organização.
Assim, no dia 12, no Palco Lagoa, instalado no Monte do Paio, na Lagoa de Santo André, o público vai poder assistir aos concertos de Vítor Rua e Meta, à atuação dos dj’s Xoices e Xinobi e a atividades de dança e música.
A encerrar o Festival A Estrada, no dia 13 de agosto, o Palco Praia, na Costa de Santo André, vai receber os concertos da cantora cabo-verdiana Dunia Lobo e de Bandua e dos dj’s Bernardo D’Dadaario (aka Tempura), Venga Venga e Vítor Belanciano.
Ao longo do certame, no novo Palco Floresta, vão decorrer, todas as manhãs, “atividades especiais” e aulas de ‘Alente(y)joga’, ou seja, “ioga do Alentejo”, podendo ainda o público assistir e participar em “várias atividades artísticas e musicais”.