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Entrevista: “Encontrámos mais pessoas sozinhas na cidade”, revela o presidente da Junta de Freguesia de Santo André

Escrito por em 29 de Abril, 2020

A Junta de Freguesia de Santo André criou uma rede de voluntariado para ajudar as pessoas mais vulneráveis com a entrega de bens alimentares, medicamentos e pagamentos de serviços, devido à pandemia de covid-19.

Através do projeto ‘Santo André, União e Solidariedade’, “conseguimos fazer chegar a essas pessoas as compras do supermercado, os medicamentos da farmácia, com as reformas ou outro tipo de correspondência, documentos que saem da junta e que entregamos em mãos às pessoas com doenças crónicas ou portadoras de deficiência”, explicou à rádio M24 o presidente da Junta de Freguesia de Santo André, David Gorgulho.

Além do apoio no terreno, a pandemia de covid-19, obrigou a uma adaptação dos serviços da junta de freguesia de Santo André, com o encerramento do edifício, em meados de março, e a adoção de restrições para garantir a proteção dos funcionários.

“Vamos a partir de dia 26 começar a regressar mas com medidas restritivas para dar resposta às solicitações que estão há quase um mês e meio paradas. Temos é de saber responder com responsabilidade, não tendo equipas superiores a duas pessoas  no terreno, continuar com a limpeza nos wc públicos, uma vez por semana, e outros cuidados que devem ser redobrados”, adiantou.

Com uma zona rural e urbana, e uma densidade populacional de 11 mil pessoas, o presidente da Junta de Freguesia, diz ter encontrado mais pessoas sozinhas na cidade de Vila Nova de Santo André.

“Encontrámos mais pessoas sozinhas na cidade, ao contrário do que era expectável. A maioria das solicitações vão sendo da cidade, até porque há mais população na zona urbana, do que na zona rural, e porque as pessoas no meio rural são mais solidárias e já há muito tempo que se oferecem para fazer as compras umas das outras”, revelou.

Por outro lado, adianta o autarca, o projeto permitiu “ter uma noção do terreno muito maior daquilo que vão sendo as necessidades anuais das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade ao longo do ano”.

“Agora estamos a conhecer estas pessoas com maior proximidade e isto permite-nos estar mais atento e mais informados, sabendo onde estão os casos de isolamento que, infelizmente, podem levar a casos como aquele que se verificou de um suicídio” na freguesia de Santo André.

O período “pós-pandemia” representa para o autarca um desafio, tendo em conta os efeitos da covid-19 na economia, como o desemprego.

“Vai ter de haver um trabalho reforçado em rede porque a recuperação vai demorar muito tempo. Creio que vamos ter uma sociedade civil e um conjunto de entidades muito mais bem preparados para ajudar estas pessoas e redefinir algumas prioridades para nos mantermos atentos a todas as necessidades que possam surgir”, realçou.

 

 

 


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