Eleições: Nuno Magalhães (CDS) considera aposta na produção agrícola “vital e prioritária”
Escrito por Helga Nobre em 19 de Setembro, 2019
O cabeça de lista do CDS no círculo de Setúbal, Nuno Magalhães, considerou esta quarta-feira, em Santiago do Cacém, que a aposta na produção agrícola “é vital e prioritária”, tendo em conta não só “o impacto para a economia do país”, como no “combate às alterações climáticas” e proteção do ambiente.
“Consideramos absolutamente vital, prioritário mesmo, a aposta naquilo que é a produção agrícola, quer do ponto de vista da produção para o país, do impacto que tem na economia portuguesa, quer ao nível do consumo e das exportações, mas também numa perspetiva de ser, através da valorização da produção e da atividade agrícola, a forma mais adequada para combater a desertificação do interior e proteger o ambiente”, salientou Nuno Magalhães, após uma visita ao agrupamento de produtores de arroz do Vale do Sado (APARROZ), em Alcácer do Sal, e ao centro de inseminação artificial em suínos (AIM CIALA), em Santiago do Cacém.
Dois “bons exemplos”, no entender do também líder parlamentar do CDS, do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido “para competir ao nível global, apostando nas exportações”.
No caso da APARROZ, Nuno Magalhães, que ouviu dos produtores “uma enorme preocupação em relação às alterações climáticas e suas consequências como a falta de água que carece de resolução”, defendeu a necessidade do uso das barragens para o setor agrícola.
“Não temos nenhum preconceito ideológico contra as barragens, desde que elas sejam estudadas do ponto de vista do impacto ambiental. Nem achamos que sejam nocivas para o ambiente, pelo contrário, elas protegem o ambiente se controladas e são absolutamente essenciais para a agricultura”, sublinhou.
O centrista, que apontou o dedo aos que “estão contra as barragens”, aconselha-os a “vir ao terreno, ouvir as pessoas que realmente produzem e protegem o ambiente e ouvir as suas dificuldades”.
Durante a visita à AIM CIALA, em Santiago do Cacém, o candidato revelou-se “impressionado” com a “capacidade tecnológica” utilizada pela empresa, assim como a “empregabilidade de cerca de 3 dezenas de pessoas” e a quota que ocupa no mercado nacional da produção de carne de porco, para deixar criticas à decisão da Universidade de Coimbra em cortar o consumo de carne de vaca nas suas cantinas.
“Ocupa no mercado nacional uma quota de cerca de 60% e isso é fundamental no momento em que vemos e ouvimos medidas que não têm qualquer impacto como por exemplo cortar o consumo da carne de vaca, neste caso, de uma universidade centenária como a Universidade de Coimbra”, disse.
Por vezes, adiantou, “é preciso perceber o país em que vivemos e que o exagero e o radicalismo é sempre negativo por um lado e por outro o impacto que certo tipo de propostas e iniciativas pode ter na vida concreta das pessoas destas zonas”.
O candidato do CDS foi ainda ontem recebido pela associação de pais do agrupamento de escolas de Grândola, que se queixa das sucessivas promessas para a remoção de amianto de um dos estabelecimentos de ensino, reiterou que o litoral alentejano “não é apenas turismo” e defende a aposta “num regime fiscal para o interior que abranja estas zonas de menor densidade populacional tornando-as mais atrativas”.