COVID-19: Surto com 24 infetados no lar de São Martinho das Amoreiras em Odemira
Escrito por Helga Nobre em 8 de Fevereiro, 2021
Um surto de covid-19 com 24 infetados foi identificado no lar de São Martinho das Amoreiras, em Odemira, tendo sete utentes sido hoje transferidos para a Estrutura de Apoio de Retaguarda instalada na Base Aérea em Beja.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Casa do Povo de São Martinho das Amoreiras, Manuel Loução, revelou que o surto na estrutura residencial para pessoas idosas (ERPI) da instituição foi detetado na passada semana, com um total de 17 utentes e sete colaboradoras a terem resultado positivo nos testes.
“Estão todos bem e a situação não tem evoluído pela negativa. Esperamos que se mantenha assim”, acrescentou.
Segundo o dirigente, a ERPI da Casa do Povo de São Martinho das Amoreiras, no concelho de Odemira, no distrito de Beja, conta com um total de 26 utentes e 30 colaboradores.
O facto de a unidade se encontrar “em obras” levou a que as autoridades de saúde determinassem que sete dos utentes infetados, quatro homens e três mulheres, fossem hoje transferidos para Estrutura de Apoio de Retaguarda (EAR) na Base Aérea n.º 11, em Beja.
“Como temos o lar em obras, temos uma certa dificuldade em manter os [utentes] que estão positivos e negativos separados”, justificou Manuel Loução.
A EAR da Base Aérea de Beja conta com 68 camas e disponibiliza alojamento e alimentação aos doentes.
Gerido pelo Serviço Nacional de Saúde, Segurança Social e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o espaço já a 01 de fevereiro tinha recebido cinco doentes transferidos do Hospital José Joaquim Fernandes, de Beja.
Antes, acolheu também utentes de um lar de Beja, igualmente devido a um surto de covid-19.
O presidente da Casa do Povo de São Martinho das Amoreiras disse que o surto ativo na instituição surgiu já depois de utentes e colaboradores terem recebido, em janeiro, a primeira dose da vacina contra a covid-19.
“Agora, não sei se vamos tomar a segunda dose ou não. Depende das autoridades, mas, neste momento, não sabemos de nada. Estamos à espera que nos contactem”, concluiu Manuel Loução.