COVID-19: Reabertura das escolas decorreu “de forma pacífica” em Santiago do Cacém
Escrito por Helga Nobre em 19 de Maio, 2020
Os alunos de Santiago do Cacém regressaram às aulas, dois meses depois do seu encerramento, “de forma pacífica” face à nova realidade provocada pela covid-19.
“Foi mais pacífico do que aquilo que eu pensava e ontem, no primeiro dia, foram maioritariamente os alunos do 12.º ano que regressaram e hoje foi a vez dos alunos do 11.º ano. Apesar de ter corrido bem nos dois dias, hoje ainda correu melhor porque os alunos respeitaram ainda mais as regras e tiveram muito mais cuidado”, explicou à rádio M24, o diretor do agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém, Manuel Mourão.
Para garantir a segurança dos alunos, o agrupamento definiu os seus planos de contingência e de higienização, na escola secundária Manuel da Fonseca e na escola básica Frei André da Veiga, em Santiago do Cacém, e informou os alunos e encarregados de educação sobre as regras implementadas.
“Na Manuel da Fonseca criámos quatro entradas para evitar a concentração dos alunos e quatro circuitos diferentes desde a entrada até às salas de aula e duas entradas na Frei André da Veiga, foi disponibilizado gel desinfetante e são entregues máscaras aos alunos que não trazem”, adiantou o diretor.
No total regressaram ontem e hoje às aulas 236 alunos “desejosos de se aproximarem uns com os outros”.
“Fui às salas de aula, falei com todos os alunos, desejei um bom regresso e expliquei que tínhamos criado as condições necessárias para que houvesse confiança e segurança e notei uma grande desejo de estarem uns com outros, de se aproximarem e de falarem uns dos outros”, relatou.
No entender do diretor do agrupamento de escolas de Santiago do Cacém, os dois meses de aulas à distância “consolidou a ideia de que as aulas presenciais são mesmo necessárias”.
“As aulas presenciais são mesmo necessárias para o processo de socialização dos alunos, para que os professores tenham o contacto cara a cara com eles, para em tempo real tirarem as suas duvidas e com o ensino à distância é muito mais complicado e espero que em setembro possamos voltar às aulas presenciais”, concluiu.