COVID-19: Prolongado prazo de entrega de obras ao Prémio de Conto Manuel da Fonseca
Escrito por Helga Nobre em 20 de Março, 2020
A Câmara Municipal de Santiago do Cacém prolongou o prazo de entrega de obras concorrentes ao Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca até 12 de junho, devido à pandemia do novo coronavírus.
De acordo com o município, face à evolução da pandemia do Covid-19, o período de entrega de trabalhos referentes à 13.ª edição do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, inicialmente previsto para o final de abril, foi prolongado até 12 de junho.
Instituído pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém, o prémio é concedido bienalmente e distingue uma coletânea de contos originais, escritos em língua portuguesa, por autor maior de idade, natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona.
O prémio, cuja edição de 2020 foi lançada no início deste mês, mantém o valor pecuniário de 4.000 euros para a obra vencedora selecionada pelo júri, que será editada no ano seguinte ao concurso.
“Um Fiel Jardineiro e Outras Histórias”, da autoria de Maria de Fátima Ferreira Rolão Candeias, sob pseudónimo Mnemósine, foi a obra vencedora da 12.ª edição do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, atribuído em 2019, que mereceu a unanimidade do júri.
O prémio, segundo a autarquia, presta homenagem ao escritor alentejano, “figura incontornável da literatura portuguesa”, e à sua obra, “através da forma narrativa do conto, em que o autor revelou toda a sua excelência”.
Na 12.ª edição do prémio, que pretende contribuir para a revelação de novos criadores da língua portuguesa, foram admitidos a concurso 19 originais de autores lusófonos.
Manuel Lopes Fonseca (1911-1993), conhecido no mundo das letras como Manuel da Fonseca, foi poeta, contista, romancista e cronista. Nas suas obras, marcadas pela intervenção social e política, relatou a dureza da vida no Alentejo, realidade que lhe era próxima.
“Cerromaior” (1943) e “Seara de Vento” (1958), vários volumes de poesia e também de contos, como “O Anjo no Trapézio” (1968) ou “O Fogo e as Cinzas” (1953), são alguns dos seus livros.