COVID-19: Ministra da Saúde diz que Governo não desistiu de caminho para melhorar SNS
Escrito por Helga Nobre em 13 de Novembro, 2020
A ministra da Saúde, Marta Temido, disse hoje, em Santiago do Cacém, que o Governo não desistiu de “fazer o caminho para a melhoria da rede do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, apesar das dificuldades criadas pela pandemia de covid-19.
“Estamos a dar conta e a transmitir a todos que não desistimos de continuar a fazer o caminho que já vinha de trás na melhoria da rede do SNS”, afirmou a governante, em Santiago do Cacém, durante a inauguração do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica do Hospital do Litoral Alentejano (HLA).
Para a titular da pasta da saúde, “este não tem sido um caminho nada fácil”, mas assegurou que se está a trabalhar para que em todo o país seja conseguida a equidade de resposta que o SNS garante, “seja nas grandes cidades, como nos locais mais distantes e com a população mais dispersa”.
“É isso que temos conseguido, desde Odemira até Sines, passando por todas as áreas deste território, e garantido que o SNS acolhe, mesmo aqueles que não tinham a sua situação regularizada junto dos serviços de saúde e que mesmo assim não foram deixados para trás”, realçou.
De acordo com Marta Temido, o novo Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica do HLA, permite criar “um conjunto de respostas, em termos de infraestruturas, que asseguram circuitos, respeitam modelos de triagem, que tornam mais longo o caminho para os profissionais, mas mais seguro aquilo que é a nossa prestação”.
Estas respostas “permitirão, a breve trecho, ter outras condições para a área da pediatria que esperamos venham a atrair mais profissionais, e profissionais mais diferenciados, para a resposta aquilo que é as necessidades assistenciais da população desta área”.
As novas instalações do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica, representam um investimento de 2,4 milhões de euros, e vai servir uma população de cerca de 100 mil habitantes dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines e Odemira.
Em declarações à rádio M24, a presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), Catarina Filipe, assegurou que esta novo espaço vai permitir “melhorar as condições de segurança aos profissionais de saúde e dos utentes”.
“Trata-se de uma área com cerca de mil metros quadrados que está dividida em espaços amplos, com uma sala de observação (SO) e uma sala de sessão terapêutica. Na antiga urgência tínhamos quase um labirinto e uma sala de observação que funcionava como um corredor, com os utentes muito expostos, o que era lamentável”, afirmou.
Durante a inauguração das novas instalações, presidente da ULSLA, anunciou o arranque, na próxima semana, da ampliação da medicina intensiva.
“Neste momento existe a necessidade de aumentar a capacidade instalada no que diz respeito à medicina intensiva e o ULSLA apresentou um projeto que foi autorizado pela tutela para crescer este serviço. Neste momento temos sete camas na Unidade de Cuidados Intensivos, sendo que uma das camas é que está alocada à covid-19 porque tem as condições de segurança”.
O novo projeto de ampliação “vai permitir que a criação de quatro quartos com pressão variável, passando a unidade a ter cinco quartos que, nesta fase, poderão ser afetos a doentes com covid-19”, acrescentou.
O projeto, que representa um investimento de um milhão de euros, entre obras e equipamentos, poderá estar concluído até ao final do ano.