COVID-19: Litoral Alentejano com 11 casos confirmados e 135 pessoas em vigilância ativa
Escrito por Helga Nobre em 26 de Março, 2020
A região do litoral alentejano conta até ao momento com 11 casos positivos de covid-19, estando em vigilância ativa 135 pessoas confirmou hoje à rádio M24 a responsável da Unidade de Saúde Pública do Litoral Alentejano, Fernanda Santos.
“Neste momento temos 11 casos positivos de covid-19, 40 casos de pessoas que deram negativo, 17 aguardam resultados, em vigilância ativa 135 pessoas e um doente internado, que está estável e não inspira cuidados”, explicou a também delegada de saúde de Sines.
Sem querer divulgar o número de casos por concelho “por uma questão de respeito pela privacidade dos doentes”, a responsável pela área da saúde pública no litoral alentejano, adiantou que a vigilância ativa dos 135 casos “exige uma capacidade logística e de recursos humanos muito grandes”.
“As unidades estão a funcionar 24 horas por dia, mas têm conseguido acompanhar todas as pessoas que estão em isolamento obrigatório com vigilância ativa, fazendo o contacto diário com estes doentes”, sublinhou.
Nesta entrevista à rádio M24, Fernanda Santos explicou o que muda com o início da fase de mitigação no litoral alentejano.
“Esta fase de mitigação, por lei, entrou em vigor no país inteiro mas na verdade o Alentejo está numa fase diferente, em que não há transmissão comunitária ativa, diferente das outras regiões. Por isso espero que tenhamos algum tempo para responder de uma forma mais eficaz”, afirmou.
Segundo a delegada de saúde pública, as alterações dizem respeito essencialmente ao conceito de caso suspeito que vai fazer aumentar o número de testes à covid-19.
“Até agora o caso suspeito era qualquer pessoa com sintomas respiratórios, um vinculo epidemiológico, contacto com outro caso ou que tivesse vindo de outros sítios onde houvesse transmissão comunitária. Isso desapareceu e essa é a grande mudança, o que significa que vamos seguramente entrar numa fase em que vamos fazer muitos testes porque mudou realmente a definição de caso suspeito”.
De acordo com Fernanda Santos, é importante “ficar em casa” e “manter o afastamento social”, assim como “limpar várias vezes as superfícies por onde passam as mãos” e “pensar que é importante ter cuidado” porque só assim, diz, “isto não será tão complicado como noutros sítios”.
“Depende de nós e apelo a todas as pessoas que quando fazem o seu passeio higiénico, como diz o Presidente da República, que o façam no mais curto tempo possível e que o façam afastados das outras pessoas porque faz bem apanhar ar, mas fiquem em casa a maior parte do tempo”, concluiu.