COVID-19: Junta do Torrão entrega bens de primeira necessidade à população mais vulnerável
Escrito por Helga Nobre em 20 de Março, 2020
A Junta de Freguesia do Torrão, no concelho de Alcácer do Sal, implementou esta semana um sistema de entrega de bens de primeira necessidade para a população mais vulnerável, face à pandemia do COVID-19.
A medida “Fique em Casa, A Junta Amiga vai por Si”, implementada no início do mandato, para pequenas reparações ao domicílio, foi alargada esta semana às pessoas “com mais de 65 anos e com doenças crónicas”, que podem agora recorrer aos serviços da junta de freguesia para adquirirem bens de primeira necessidade.
De acordo com o presidente da Junta de Freguesia do Torrão, Hélder Montinho, na lista de tarefas, levadas a cabo pelos elementos do executivo, “estão as compras de alimentos nos supermercados, os medicamentos nas farmácias e os pagamentos nos correios”.
“Decidimos ajudar a população, principalmente, os mais idosos, no sentido de os resguardar e dar alguma proteção relativamente ao coronavírus e resolvemos prestar este serviço, levando os alimentos a casa, pagando as contas nos correios e levantando os medicamentos nas farmácias”, explicou o autarca.
Além de ajudar a população mais vulnerável, a iniciativa, pretende igualmente tranquilizar e facilitar a permanência dos mais idosos nos seus lares, face ao risco de contraírem a doença do coronavírus.
Todos os dias, entre as 09:00 e as 15:00, a Junta de Freguesia do Torrão, disponibiliza à população duas linhas telefónicas – 265 669 245/ 967 138 400 -, para onde é possível ligar e efetuar o respetivo pedido que, no período da tarde, é entregue nos seus domicílios.
“Temos tido muita adesão, tanto de moradores da vila do Torrão como das localidades de Rio de Moinhos e Batão, também na freguesia do Torrão, e todos os dias temos pequenos recados para fazer e produtos de supermercado para entregar”, acrescenta.
De “luvas e máscaras” e “mantendo as devidas distâncias”, o presidente da Junta de Freguesia do Torrão, percorre diariamente perto de 65 quilómetros para garantir que ninguém fica sem respostas.
“Fazemos as entregas de forma a resguardar as pessoas, numa freguesia com uma população bastante idosa e a necessitar de ajuda. Além disso, levamos ainda os idosos, com dificuldades financeiras, às consultas médicas”, concluiu.