COVID-19: Autarca de Sines pede medidas adicionais para acelerar vacinação da população
Escrito por Helga Nobre em 24 de Junho, 2021
O presidente da Câmara Municipal de Sines Nuno Mascarenhas, defendeu hoje “medidas adicionais” que permitam aos municípios que não são de baixa densidade “acelerar a vacinação” da população.
“Se há maiores restrições para os municípios que não são de baixa densidade, ou seja que o perigo de contágio é superior, também deveria haver medidas adicionais, de forma a combater esta pandemia nesses mesmos municípios”, avançou Nuno Mascarenhas.
Por isso, o autarca, que falava após o anuncio do Conselho de Ministros que hoje colocou Sines na lista dos 25 concelhos em risco elevado de contágio, pediu uma “discriminação positiva” para que estes municípios “possam acelerar o processo de vacinação nos seus concelhos”.
“É com preocupação que assistimos ao atingir deste limite, embora os últimos dados de que disponho indiquem que estaremos com cerca de 241 casos por cada 100 mil habitantes”, no acumulado das últimas duas semanas, frisou.
Segundo o autarca, o concelho de Sines, no litoral alentejano, “estava muito próximo do limiar das cerca de 33 pessoas positivas para atingir os 240 casos por 100 mil habitantes”, uma vez que na última semana chegou a atingir os 28 casos de infeção.
De acordo com o último boletim epidemiológico publicado pela Proteção Civil Municipal, na quarta-feira, o concelho de Sines regista 18 casos positivos de covid-19.
A maioria destes casos está relacionado com “pessoas que vieram trabalhar para o concelho nas últimas semanas”, explicou o autarca, referindo-se a “um surto” que foi identificado “há uma semana, com cerca de 18 pessoas” na freguesia de Porto Covo, concelho de Sines.
“Tratou-se de um surto em Porto Covo, mas têm surgido outros casos pontuais, alguns associados a moradores de Sines que trabalham noutros concelhos. Também tenho indicações que, entre hoje e amanhã, teremos mais três ou quatro casos de pessoas que trabalham no exterior do concelho, embora se trate de uma situação devidamente controlada”, explicou.
Neste momento, “a situação está controlada e não há problemas graves ou que impliquem mais cuidados por parte das autoridades de saúde e proteção civil”, garantiu o autarca.
“Independentemente das restrições que são sempre de lamentar, uma vez que vão causar algum constrangimento ao comércio, julgamos que este não é um dado muito mau comparativo com outros patamares que implicam mais restrições. É uma fase de transição e vamos ver como as coisas vão evoluir na próxima semana”, concluiu.
Os 25 concelhos em risco elevado são: Alcochete, Almada, Amadora, Arruda dos Vinhos, Barreiro, Braga, Cascais, Grândola, Lagos, Loulé, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odemira, Odivelas, Oeiras, Palmela, Sardoal, Seixal, Setúbal, Sines, Sintra, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira.
O nível de risco elevado aplica-se aos concelhos que registem, pela segunda avaliação consecutiva, uma taxa de incidência superior a 120 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias (ou superior a 240 se forem concelhos de baixa densidade populacional).
As regras aplicáveis a estes concelhos de risco elevado são o teletrabalho obrigatório quando as atividades o permitam; restaurantes, cafés e pastelarias podem funcionar até às 22:30 (no interior com um máximo de seis pessoas por grupo e em esplanada com 10 pessoas por grupo); espetáculos culturais até às 22:30; casamentos e batizados com 50% da lotação; comércio a retalho alimentar e não alimentar até às 21:00; permissão de prática de todas as modalidades desportivas, sem público; permissão de prática de atividade física ao ar livre e em ginásios; eventos em exterior com diminuição de lotação, a definir pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e Lojas de Cidadão com atendimento presencial por marcação.