COVID-19: Alentejo com 43 internados em enfermaria e dois nos intensivos
Escrito por Helga Nobre em 13 de Janeiro, 2022
As unidades hospitalares da região do Alentejo contabilizam um total de 43 doentes internados nos serviços de enfermaria covid e apenas dois doentes nos cuidados intensivos, divulgou hoje a Administração Regional de Saúde (ARS).
“Temos dois internados em unidades de cuidados intensivos e 43 internados em unidades de enfermaria para doentes covid”, revelou a presidente da ARS Alentejo, Maria Filomena Mendes.
Isto, “significa um pouco mais que os 50% na área das enfermarias e um valor ainda muito residual, de cerca de 9%, na área dos cuidados intensivos”, acrescentou a responsável à margem de uma visita ao Centro de Vacinação Covid em Santiago do Cacém.
De acordo com a presidente da ARS Alentejo, estes valores “são controláveis em termos de pressão sobre os cuidados hospitalares” da região que, na quarta-feira, contabilizava 1.249 pessoas infetadas com covid-19.
No entanto, existe “uma enorme pressão nos atendimentos ADR [Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios], na questão dos testes [covid], nos cuidados de saúde primários e sobretudo para a saúde pública”, indicou.
Segundo a responsável, na região do Alentejo existem “alguns surtos” que “estão controlados”, e que não têm as mesmas dimensões de épocas anteriores.
“Penso que alguns [surtos] em lares, mas também controlados, ou seja não temos um surto com a dimensão que tínhamos anteriormente. Temos duas ou três pessoas infetadas que rapidamente temos conseguido controlar, o que é extraordinariamente positivo”, sublinhou.
Apesar de considerar o número de pessoas infetadas com covid-19 no Alentejo “muito significativo”, Maria Filomena Mendes acrescentou que a pressão é muito menor ao nível dos internamentos em enfermaria e cuidados intensivos.
“Felizmente não tem o impacto em termos de pressão sobre os internamentos, quer em enfermaria, quer em unidade de cuidados intensivos que este número que é extremamente elevado poderia fazer prever e à semelhança do que aconteceu, em janeiro de 2021, em que tivemos valores de internamentos e de óbitos extraordinariamente significativos”, frisou.
Por isso, “é importante que se cheguem ao processo de vacinação aqueles que ainda não foram vacinados”, apelou a responsável, alertando para o aumento de “primeiras vacinações, até de pessoas com idade muito avançada”.
“As pessoas estão a faltar menos ao processo de vacinação e isso é importante para conseguir manter os hospitais com capacidade de resposta para doentes covid e doentes não covid, que temos de continuar a atender, quer nos centros de saúde, quer nos hospitais”, concluiu.