Comissão de utentes realiza ação pública em Odemira por ocasião do 45.º aniversário do SNS
Escrito por Helga Nobre em 13 de Setembro, 2024
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Odemira assinala, este sábado, o 45.º aniversário do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com uma ação pública, às 10:30, na Praça Sousa Prado.
De acordo com a comissao, a ação vai contar com a participação de Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum, além de utentes, médicos e enfermeiros.
Na iniciativa, além de propor “soluções para a melhoria” do SNS, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Odemira, pretende mais uma vez alertar para as dificuldades dos utentes deste concelho no acesso aos cuidados de saúde.
Num concelho “com cerca de 30 mil habitantes, 25% dos utentes não têm médico de família”, referem.
Só na freguesia de São Teotónio, “uma das mais populosas do Litoral Alentejano, com cerca de 9 mil habitantes, 35% não têm médico de família”, enquanto na freguesia de Luzianes-Gare, “os utentes têm de realizar cerca de 30 quilómetros para terem cuidados médicos” devido ao encerramento da extensão de saúde, precisa a comissão.
Também na freguesia de Vila Nova de Milfontes, que conta com cerca de 6 mil utentes, “a extensão de saúde está muito degradada”, acrescenta.
“Há mais de 10 anos que há diversas promessas de construção de um edifício novo, por parte dos diversos Conselhos de Administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano”, conclui.
No que diz respeito ao Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém, “os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (Tempos de Espera), nas consultas, cirurgias e exames, na sua maioria ultrapassam em muito o limite legal, como por exemplo, na cirurgia de urologia tem um tempo de espera de cerca 400 dias”.
“No HLA não existe maternidade, por isso as grávidas, têm que recorrer ao Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, ou Hospital São Bernardo, em Setúbal, mas muitas vezes estes serviços encontram-se encerrados”, concluiu.