CIMAL diz-se “defraudada” com verba do Governo para transportes
Escrito por Helga Nobre em 31 de Agosto, 2020
A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), diz-se “defraudada” com a verba suplementar do Governo para os transportes públicos nesta região, após uma reunião que decorreu no Ministério do Ambiente e que juntou os presidentes dos municípios de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines e o secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro.
Na reunião, foi colocado ao Governo o problema da possível “rutura financeira, por parte dos cinco municípios que integram a CIMAL” por estarem “a financiar o operador Rodoviária do Alentejo, neste período de pandemia” devido à covid-19.
Segundo Vítor Proença, na reunião o “Governo informou que dos 94 milhões de euros que tem disponíveis no Orçamento Suplementar, para apoiar os défices das operações de transportes públicos, o Litoral Alentejano, só terá direito a 50 mil euros”.
De acordo com o autarca, para “benefício das populações, estes cinco municípios têm vindo a garantir, através de transferências financeiras para a Rodoviária do Alentejo, os passes mensais cujo valor não ultrapassa os 40 euros.”
De acordo com o presidente da CIMAL, o Governo avançou que não tem “condições para reforçar a verba, dado que a distribuição já se encontra aprovada”, e que “a esmagadora maioria da verba será transferida para as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto”.
Na reunião realizada no Ministério do Ambiente, os autarcas do Litoral Alentejano deixaram claro que na região há ausência de transporte de passageiros e que o modo rodoviário é a única oferta existente. Acrescentaram ainda que se se encontram num território de enorme dimensão, onde se encontram os dois mais extensos concelhos do país.
Os 5 municípios deixaram claro que “continuarão empenhados em proporcionar passes com um valor máximo de 40 euros a quem deles necessitar, embora seja injusto o valor atribuído pelo Governo”, concluiu Vítor Proença.