Centro Ciência Viva do Lousal inaugura novo projeto educativo

O Centro de Ciência Viva (CCV) do Lousal, em Grândola, inaugurou esta quarta-feira um novo projeto educativo que visa proporcionar aos alunos do 4.º ano de escolaridade atividades práticas, experimentais e de campo ao longo dos próximos quatro anos.

A “Escola Ciência Viva – A Escola é uma Mina”, inaugurada formalmente esta quarta-feira, insere-se no Programa “Impulso Jovem Steam”, da Rede de Escolas Ciência Viva, e recebeu um financiamento de 35 mil euros do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) distribuídos por quatro anos.

Segundo o município, em comunicado, o projeto que se vai desenvolver, durante uma semana do calendário escolar, permite que os alunos possam interagir com comunicadores de ciência ou investigadores convidados, em contexto não formal, abrangendo diversas áreas científicas e envolvendo a participação de diferentes organizações científicas.

Os alunos terão também “acesso a dinâmicas de aprendizagem com um programa educativo que combina diversos temas das áreas da Biologia, Geologia, Química, Astronomia e Tecnologia”, adiantou.

O período de atividades decorre de segunda a sexta-feira, das 09:30 às 16:00, sendo o transporte de autocarro e as refeições dos alunos assegurados pelo município de Grândola.

Na sessão de inauguração, o presidente da Associação Centro Ciência Viva do Lousal , Jorge Relvas, referiu que “a ciência tem tudo que ver com a infância”, existindo “muitos aspetos que são comuns a estas duas condições”.

“As duas principais qualidades de um cientista são a curiosidade e não ter medo de falhar, qualidades claramente infantis que vamos perdendo à medida que crescemos. A ciência aprende com a infância e a infância precisa da ciência para a ajudar a responder a diversas questões”, frisou.

Segundo o responsável “foi necessário um triângulo para formar a Escola Ciência Viva” composto pelo Agrupamento de Escolas, a rede Ciência Viva, ao nível nacional e o CCV Lousal.

“O município de Grândola transformou este triângulo em algo mais sólido e mais resistente, sendo o vértice de uma pirâmide triangular”, acrescentou.

Por seu lado, o presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes, salientou que o município abraçou este projeto desde a primeira hora, considerando ser “um privilégio ter um Centro Ciência Viva instalado” neste concelho do litoral alentejano.

No seu entender, o CCV do Lousal “tem dado um grande contributo do ponto de vista cultural, cientifico, social e da educação”.

“É uma mais valia para o nosso concelho, sobretudo pela forma como tem sido conduzido, privilegiando a cooperação institucional”, concluiu.

O projeto vai receber 20 mil euros do PRR no ano de instalação do cinco mil euros por ano de financiamento, em estreita articulação com o Ministério da Educação.