Bloco de Esquerda de Santiago do Cacém critica Galp por distribuir dividendos e despedir trabalhadores
Escrito por Helga Nobre em 19 de Abril, 2020
A concelhia de Santiago do Cacém do Bloco de Esquerda (BE), defendeu hoje que o Governo deve impedir a distribuição de dividendos entre os acionistas da Galp e exigir a reintegração dos trabalhadores despedidos.
“A Assembleia Geral da Galp irá reunir dia 24 de Abril para decidir o pagamento de 300 milhões de euros de lucros aos accionistas, depois de ser conivente com o despedimento de mais de 80 trabalhadores precários em Sines”, reiterou a concelhia do Bloco de Esquerda recordando que a estrutura nacional “já propôs a proibição da distribuição de dividendos no Parlamento”.
“O Bloco de Esquerda já propôs a proibição da distribuição de dividendos [da Galp] no Parlamento, sendo a proposta chumbada por PS/PSD e restante direita”, refere em comunicado.
No entender do BE, tendo o Governo “participação accionista na empresa, detendo 7,42 % de capital, e com isso representação na Assembleia Geral, deve dar instruções aos seus representantes para votar contra a distribuição de dividendos, ao mesmo tempo que deve exigir a reintegração dos trabalhadores despedidos”, acrescenta.
Para a concelhia do BE, cujo grupo parlamentar já fez chegar estas exigências ao Governo, “esta não é uma decisão menor em tempo de plena crise sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus. É urgente responder à vida das pessoas e aos trabalhadores, sendo inaceitável que os trabalhadores paguem para os accionistas lucrarem”.