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Associação Caboverdiana encerra serviço de atendimento ao migrante

Escrito por em 13 de Setembro, 2024

A Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém (ACSSC) encerrou hoje o serviço de atendimento ao migrante, criado em 2003, por “falta de financiamento público” desde janeiro deste ano.

Em comunicado, a associação revelou que o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), que efetuada entre “400 a 500 atendimentos” mensais, encerrou hoje devido “à falta de financiamento público desde janeiro de 2024”.

Além do CLAIM, a associação indicou que também o “programa de apoio escolar e ocupação de tempos livres, Ocupacit@, que dava resposta a 42 crianças e jovens” foi encerrado esta sexta-feira.

“O encerramento deve-se à falta de financiamento público desde janeiro de 2024, tornando insustentável manter os recursos humanos e os serviços ativos”, explicou.

No comunicado, a associação lamentou esta decisão, recordando que ao longo dos seus 41 anos de existência “desenvolveu uma linguagem própria, vindo a crescer no número de utentes, parceiros nacionais e internacionais”.

Em junho deste ano, os autarcas do litoral alentejano contestaram o corte no financiamento das organizações que apoiam cidadãos migrantes nos cinco concelhos e queixaram-se de discriminação social.

Num comunicado, a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) alertou para a existência de várias organizações não-governamentais (ONG´s) do Alentejo Litoral que “vinham fazendo um trabalho excecional” com os imigrantes, que deixaram de ter financiamento através do Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI).

Estas “ONG´s do Alentejo Litoral viram o FAMI cortar-lhes o financiamento”, denunciou na altura o presidente da CIMAL, Vítor Proença, após uma reunião com a secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Clara Marques Mendes, para denunciar esta situação.

No documento, o também presidente da Câmara de Alcácer do Sal (CDU) apontou os casos da Associação para o Desenvolvimento do Torrão, que desenvolve a atividade nos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal, e da Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém, aos quais foram interrompidos os financiamentos.

Segundo a CIMAL, no comunicado, a secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão “ouviu os autarcas e comprometeu-se a reunir informação sobre a situação relatada e convocar, posteriormente, outra reunião” para discutir esta matéria.


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